terça-feira, 25 de outubro de 2011

A PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL: BAIXA VISÃO E CEGUEIRA


Produção de Fábia Ribeiro Lopes
Por muito tempo, a sociedade manteve a idéia de que, somente o cego era deficiente visual. Não tínhamos a noção de que, a visão subnormal, ou baixa visão, como pronunciado na visão da educação inclusiva, fazia parte também desta deficiência, no qual acomete muitos indivíduos, que aprenderam a conviver com a deficiência desde a infância ou depois da sua vida adulta.
Assim sendo, a descoberta e a prevenção é uma das preocupações hoje,principalmente no ambiente familiar como o escolar,devido ser os ambientes que a criança passa mais tempo.Mesmo assim,a escola continua sendo o ambiente em que,a criança passa mais tempo.
Além disso, o tempo que a criança freqüenta as diferentes fases da educação infantil permeia a descoberta e facilita o diagnóstico, por isso,que é imprescindível a capacitação do profissional que atua na educação infantil,já que,é uma das fases em que,é estimulado as percepções auditiva e visual,entre outras.De acordo com Oliveira,(2002,p.21): Após a LDB lei nº.9394/96,a educação infantil mudou sua conotação,sobretudo,no que tangenciam as questões legais”.
Conforme autora cita acima, tais mudanças foram importantes não só, para a educação em si,como também e principalmente para a valorização social da criança,que assumiu depois do final do século XIX,um novo destaque na sociedade,que passou a se preocupar mais com as crianças,que até então,eram tratadas como,”Adulto miniatura”.Além do mais,não tinha nenhum investimento na educação para as crianças de 0 a 6 anos de idade,naquele contexto histórico político social.
Em termos disso,a educação infantil é uma etapa importante para a criança desenvolver-se,ainda mais,quando na escola existem crianças com necessidades educativas especiais.É uma etapa em que o profissional deve está atento e observar,se existe alguma criança com suspeita ou algum problema sensorial,neurológica,com o intuito de orientar os pais e estes buscar um profissional que possa fornecer um diagnóstico e os devidos tratamentos.
Nessa perspectivas deficiências visual e auditiva, na grande maioria são descobertas na educação infantil por profissionais, que conseqüentemente comunicam e orientam aos pais para procurar o devido profissional.

A partir dos 5 a 6 meses,os bebês,sem deixar de ter um interesse prioritário pelas pessoas à sua volta,começam a dar mais atenção aos objetos físicos e dedicam boa parte de sua atividade ao exercício de seus esquemas sensório-motores em relação a tais objetos.(ESPINOSA,OCHAÍTA,2004,p,156)

Sabe-se ,que é nesta fase que a criança já começa a perceber e a explorar diferenntes objetos,que necessitam ser classificadas,no que se refere ao significante e ao significado,por isso,a importância de explorar a percepção visual e outras percepções necessárias para esta fase.
Salienta-se, importância das crianças conviver com adultos e está em interação com objetos,claro,com um determinado objetivo.A mesma coisa,acontece só que diferente,na escola.
O professor na educação infantil,o ideal,deveria ser disponibilizar objetos e atividades diversas,que desenvolvesse as habilidades visuais e auditivas,além de ser uma etapa e oportunidade para observar as dificuldades e habilidades dos alunos, tanto no aspecto auditivo como no visual.
Dessa forma, a visão é considerada como o meio de transporte ou o canal,para que o cérebro processe as informações,sejam elas visuais como auditiva.
Havendo uma limitação visual,a criança necessitará ser estimulada com diferentes estratégias,além de,ser desenvolvida outra habilidade que supra a sua perda,por exemplo o tato e a audição.
Segundo Espinosa e Ochaíta,2004,p.151): O tato é um dos principais sistemas sensoriais que as crianças não videntes utilizam para conhecer o mundo á sua volta...Também a audição terá grande importância para o desenvolvimento e a aprendizagem dos cegos.
O contato com outras pessoas e das pessoas com deficiência visual é essencial,no caso do cego,não deixá-lo isolado,ou o mesmo não permitir que as pessoas o toque,pois,muitas pessoas não gostam ou têm medo de deixarem ser tocadas.(falo de abraços,carinhos no rosto).
Muitas pessoas, quando se aproximam de um cego ou de uma pessoa com Baixa Visão, não conversam com El@, pensando que este, não poderá respondê-lo. É uma idéia equivocada, pois ao contrário do que se pensa, o cego necessita que as pessoas descreva os diferentes ambientes e recursos que existe naquele espaço onde ele se encontra,pois através da audição ele consegue armazenar, e o cérebro decodifica ou cria aquela determinada imagem mental.diferentemente do surdo,que não possui a audição mais necessita de estimulação visual para aprender.

A cegueira é uma deficiência sensorial que se caracteriza pelo fato de que as pessoas que dela padecem têm seu sistema visual de coleta de informações total ou seriamente prejudicado. Portanto,quando se fala de cegos,se faz referência a uma população muito heterogênea, que inclui não apenas as pessoas que vivem na escuridão total, mas também aquelas que têm problemas visuais suficientemente graves para serem consideradas legalmente cegas, embora tenham resquícios visuais que possam ser aproveitados para seu desenvolvimento e sua aprendizagem. .(ESPINOSA, OCHAÍTA, 2004, p,156)

Conforme as autoras, a deficiência visual é uma perda sensorial assim como a deficiência auditiva. Sendo que, não é só uma perda total-cegueira que é considerado deficiente visual, mais também a seriamente prejudicada, ou seja, a Baixa visão, que já tem outro conceito diferente. Sabendo que a deficiência visual,não é empecilho para a criança não aprender,visto que,existem diferentes recursos para facilitar a sua aprendizagem e acessibilidade.

A cegueira é uma alteração grave ou total de uma ou mais das funções elementares da visão que afeta de modo irremediável a capacidade de perceber cor, tamanho, distância, forma, posição ou movimento em um campo mais ou menos abrangente. (SÁ,et al,2007,p.15)

Sabe-se, que a cegueira poderá acontecer logo ao nascer ou depois, devido um acidente, ou outro problema orgânico. Existem cegos que consegue ver vultos, no qual consegue até perceber alguma cor, mais na grande maioria não vê vulto se quer. Já a definição de baixa visão já é mais complexa, que segundo Sá et al,(2007,p.16): É complexa devido à variedade e à intensidade de comprometimentos das funções visuais.
Assim sendo, a pessoa com Baixa visão consegue ver, mais também encontra grandes barreiras, no qual, semelhante ao cego necessita de acessibilidade em todos os ambientes. A diferença que o cego pode usar uma bengala e na escrita o sistema Braille, já a pessoa com Baixa visão tem ou deverá ter acesso aos recursos ópticos e não ópticos, que na maioria das vezes deveria ser disponibilizado na escola, mas nem sempre vem,exceto as lupas de mão manual e o plano inclinado.
Com a convivência com estes dois tipos de deficientes visuais na escola ou em outro ambiente, a gente aprende desvencilhar as idéias e concepções errôneas que nos impede de vermos suas capacidades que na maioria das vezes, são maiores que as dificuldades, como demonstram no nosso dia-a-dia.




Nenhum comentário:

Postar um comentário