Produção de Fábia Ribeiro Lopes
Por muito tempo, a sociedade manteve a
idéia de que, somente o cego era deficiente visual. Não tínhamos a
noção de que, a visão subnormal, ou baixa visão, como pronunciado
na visão da educação inclusiva, fazia parte também desta
deficiência, no qual acomete muitos indivíduos, que aprenderam a
conviver com a deficiência desde a infância ou depois da sua vida
adulta.
Assim sendo, a descoberta e a
prevenção é uma das preocupações hoje,principalmente no ambiente
familiar como o escolar,devido ser os ambientes que a criança passa
mais tempo.Mesmo assim,a escola continua sendo o ambiente em que,a
criança passa mais tempo.
Além disso, o tempo que a criança
freqüenta as diferentes fases da educação infantil permeia a
descoberta e facilita o diagnóstico, por isso,que é imprescindível
a capacitação do profissional que atua na educação infantil,já
que,é uma das fases em que,é estimulado as percepções auditiva e
visual,entre outras.De acordo com Oliveira,(2002,p.21): Após a LDB
lei nº.9394/96,a educação infantil mudou sua
conotação,sobretudo,no que tangenciam as questões legais”.
Conforme autora cita acima, tais
mudanças foram importantes não só, para a educação em si,como
também e principalmente para a valorização social da criança,que
assumiu depois do final do século XIX,um novo destaque na
sociedade,que passou a se preocupar mais com as crianças,que até
então,eram tratadas como,”Adulto miniatura”.Além do mais,não
tinha nenhum investimento na educação para as crianças de 0 a 6
anos de idade,naquele contexto histórico político social.
Em termos disso,a educação infantil
é uma etapa importante para a criança desenvolver-se,ainda
mais,quando na escola existem crianças com necessidades educativas
especiais.É uma etapa em que o profissional deve está atento e
observar,se existe alguma criança com suspeita ou algum problema
sensorial,neurológica,com o intuito de orientar os pais e estes
buscar um profissional que possa fornecer um diagnóstico e os
devidos tratamentos.
Nessa perspectivas deficiências
visual e auditiva, na grande maioria são descobertas na educação
infantil por profissionais, que conseqüentemente comunicam e
orientam aos pais para procurar o devido profissional.
A partir dos 5 a 6
meses,os bebês,sem deixar de ter um interesse prioritário pelas
pessoas à sua volta,começam a dar mais atenção aos objetos
físicos e dedicam boa parte de sua atividade ao exercício de seus
esquemas sensório-motores em relação a tais
objetos.(ESPINOSA,OCHAÍTA,2004,p,156)
Sabe-se ,que é nesta fase que a
criança já começa a perceber e a explorar diferenntes objetos,que
necessitam ser classificadas,no que se refere ao significante e ao
significado,por isso,a importância de explorar a percepção visual
e outras percepções necessárias para esta fase.
Salienta-se, importância das crianças
conviver com adultos e está em interação com objetos,claro,com um
determinado objetivo.A mesma coisa,acontece só que diferente,na
escola.
O professor na educação infantil,o
ideal,deveria ser disponibilizar objetos e atividades diversas,que
desenvolvesse as habilidades visuais e auditivas,além de ser uma
etapa e oportunidade para observar as dificuldades e habilidades dos
alunos, tanto no aspecto auditivo como no visual.
Dessa forma, a visão é considerada
como o meio de transporte ou o canal,para que o cérebro processe as
informações,sejam elas visuais como auditiva.
Havendo uma limitação visual,a
criança necessitará ser estimulada com diferentes estratégias,além
de,ser desenvolvida outra habilidade que supra a sua perda,por
exemplo o tato e a audição.
Segundo Espinosa e
Ochaíta,2004,p.151): O tato é um dos principais sistemas sensoriais
que as crianças não videntes utilizam para conhecer o mundo á sua
volta...Também a audição terá grande importância para o
desenvolvimento e a aprendizagem dos cegos.
O contato com outras pessoas e das
pessoas com deficiência visual é essencial,no caso do cego,não
deixá-lo isolado,ou o mesmo não permitir que as pessoas o
toque,pois,muitas pessoas não gostam ou têm medo de deixarem ser
tocadas.(falo de abraços,carinhos no rosto).
Muitas pessoas, quando se aproximam de
um cego ou de uma pessoa com Baixa Visão, não conversam com El@,
pensando que este, não poderá respondê-lo. É uma idéia
equivocada, pois ao contrário do que se pensa, o cego necessita que
as pessoas descreva os diferentes ambientes e recursos que existe
naquele espaço onde ele se encontra,pois através da audição ele
consegue armazenar, e o cérebro decodifica ou cria aquela
determinada imagem mental.diferentemente do surdo,que não possui a
audição mais necessita de estimulação visual para aprender.
A cegueira é uma
deficiência sensorial que se caracteriza pelo fato de que as pessoas
que dela padecem têm seu sistema visual de coleta de informações
total ou seriamente prejudicado. Portanto,quando se fala de cegos,se
faz referência a uma população muito heterogênea, que inclui não
apenas as pessoas que vivem na escuridão total, mas também aquelas
que têm problemas visuais suficientemente graves para serem
consideradas legalmente cegas, embora tenham resquícios visuais que
possam ser aproveitados para seu desenvolvimento e sua aprendizagem.
.(ESPINOSA,
OCHAÍTA, 2004, p,156)
Conforme as autoras, a deficiência
visual é uma perda sensorial assim como a deficiência auditiva.
Sendo que, não é só uma perda total-cegueira que é considerado
deficiente visual, mais também a seriamente prejudicada, ou seja, a
Baixa visão, que já tem outro conceito diferente. Sabendo que a
deficiência visual,não é empecilho para a criança não
aprender,visto que,existem diferentes recursos para facilitar a sua
aprendizagem e acessibilidade.
A cegueira é uma
alteração grave ou total de uma ou mais das funções elementares
da visão que afeta de modo irremediável a capacidade de perceber
cor, tamanho, distância, forma, posição ou movimento em um campo
mais ou menos abrangente. (SÁ,et al,2007,p.15)
Sabe-se, que a cegueira poderá
acontecer logo ao nascer ou depois, devido um acidente, ou outro
problema orgânico. Existem cegos que consegue ver vultos, no qual
consegue até perceber alguma cor, mais na grande maioria não vê
vulto se quer. Já a definição de baixa visão já é mais
complexa, que segundo Sá et al,(2007,p.16): É complexa devido à
variedade e à intensidade de comprometimentos das funções visuais.
Assim sendo, a pessoa com Baixa visão
consegue ver, mais também encontra grandes barreiras, no qual,
semelhante ao cego necessita de acessibilidade em todos os ambientes.
A diferença que o cego pode usar uma bengala e na escrita o sistema
Braille, já a pessoa com Baixa visão tem ou deverá ter acesso aos
recursos ópticos e não ópticos, que na maioria das vezes deveria
ser disponibilizado na escola, mas nem sempre vem,exceto as lupas de
mão manual e o plano inclinado.
Com a convivência com estes dois
tipos de deficientes visuais na escola ou em outro ambiente, a gente
aprende desvencilhar as idéias e concepções errôneas que nos
impede de vermos suas capacidades que na maioria das vezes, são
maiores que as dificuldades, como demonstram no nosso dia-a-dia.
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